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O prefeito, as férias e o momento histórico da pandemia

A prefeitura de Santa Maria está interinamente nas mãos do vice-prefeito Rodrigo Decimo (PSL), um quadro extremamente qualificado que veio da iniciativa privada e, certamente, deixará um legado de contribuições dentro da máquina pública para os próximos quatro anos.

Acontece que o titular do Executivo municipal, Jorge Pozzobom (PSDB), saiu em férias. Não há problema algum nisso. É merecido e justo que o tucano descanse, até porque todos sabem que ele é o que se chama de workaholic (quem trabalha demais). O prefeito saiu, ainda no último dia 14, para um breve período de 10 dias de pausa.

Seria até má-fé dizer que o prefeito "fugiu" da cidade, até porque o perfil dele é, como se pode ver ao longo de toda a pandemia, de ser combativo e de estar na linha de frente de combate à pandemia. Tanto é que ele foi acometido pelo coronavírus. Pozzobom foi até nas sanitizações de espaços públicos.

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O anúncio do começo das vacinas foi dado, no último domingo, em um período em que Santa Maria vive o pior momento da pandemia, o pico, como sustentam os especialistas. Não seria o caso de o prefeito acompanhar de perto essa fase tão importante no combate à doença: o início da vacinação?

O que ocorre é que não é apenas o prefeito que está no seu descanso mais do que merecido. Além de Pozzobom, Guilherme Cortez (Casa Civil), o homem forte do governo, também está de férias. Todos devem e merecem usufruir de um período sabático, ainda mais após uma eleição disputada em dois turnos, mas ninguém pensou que seria no mínimo inadequado todos saírem, ao mesmo tempo, de férias, em um período tão importante - e histórico - para o combate da pandemia?

Na iniciativa privada, sempre se observa que lideranças da linha de frente não gozem do descanso na mesma época para que as empresas não sofram consequências desnecessárias.

O escalonamento do período é a regra, mesmo que nem todos colaboradores consigam descansar nos dias e meses pretendidos. Na gestão pública, onde o patrão é o povo e as suas prioridades é que deveriam prevalecer, isso não deveria ser ainda mais considerado?

Decimo é novato e está se inteirando da máquina pública. A figura central é o prefeito e, neste momento, ele deveria estar aqui. Difícil conceber que o início da imunização terá a ausência de uma liderança que fundamentou o discurso e a prática acerca da luta contra o coronavírus.

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